Olá
mamães,
Na semana passada aconteceu um daqueles momentos em que nós não sabemos bem o que fazer, mas que ao mesmo tempo percebemos o
quanto nossos filhos aprendem o que ensinamos,
e esperam que vivamos o que falamos!
Voltávamos para casa depois de um passeio, eles iriam
almoçar e ir para a escola à tarde. E eu iria para a igreja para arrumar tudo para a programação especial que seria no dia seguinte.
Eu não trabalhei neste dia, estava usando uma das folgas a que
tenho direito por ser mesária nas eleições (viva a democracia!! rsrsrs).
Passou por nós uma senhora de uns 60 anos. Estava com o pé
enfaixado e usava uma muleta. Na outra mão carregava sacolas.
Logo depois que passamos por ela, Alice me deu uma bronca: “Mamãe,
porque você não ajudou aquela velhinha?”
Pausa: Engraçado como para criança todo mundo mais velho
que os pais é velhinho, né! A gente vai crescendo, vem a idade adulta e mudamos
radicalmente de opinião! Para nos sentirmos jovens para sempre, passamos a
achar todo mundo jovem também!!! Fim da
pausa!
Parei na mesma hora. “Filha, caiu alguma coisa dela e a
mamãe não ajudou a pegar?” Achei mesmo que isso poderia ter acontecido, eu
estava de olho nos dois e pensando no monte de coisas que tinha que fazer ainda! Podia não ter reparado.
“Não mamãe, mas ela é velhinha, a gente tinha que ajudar a
levar as coisas dela! Se não, é bobeira, é maldade!”
Fiquei parada olhando a senhorinha que foi indo embora sem
saber de nada!
Ela ia no sentido contrário! E nós tínhamos tanto pra
fazer!
Gostaria de dizer para vocês que mudei meu caminho, corri
pra perto dela, peguei as sacolas na mão direita, dei a esquerda para a Alice,
mandei Gabriel segurar meu cotovelo direito e seguimos até sabe lá para onde a
senhorinha estava indo...
Mas, não fiz isso. Infelizmente.
Expliquei para a Alice que a mulher não era assim tão
velhinha, que ela até que estava indo rápido, que tínhamos mil coisas para
fazer e que se ela estivesse pelo menos indo na mesma direção poderíamos ajudar
sem maiores problemas.
Tenho que admitir que quase uma semana depois ainda estou
na dúvida se tomei a decisão certa. Na verdade, tenho quase certeza que escolhi
a opção errada.
Se nós a tivéssemos ajudado, como sugeriu a Alice, eles
teriam se atrasado para a escola e eu me enrolaria mais um pouco nas várias
coisas que fiz à tarde. Mas, daqui há alguns anos esses contratempos seriam
lembrados? Claro que não. Chegar atrasado um dia ou outro na escola nunca fez,
nem vai fazer, algum mal irreversível pra criança. E eu poderia ter sido mais
ágil ou ter delegado algumas tarefas da tarde.
Por outro lado, o que eles aprenderiam sobre ajudar o
próximo, especialmente quando isso envolve algum sacrifício, tenho certeza que guardariam
para sempre.
Não quero terminar essa postagem num tom deprê.
Fiquei muito feliz de ver que minha filhinha, com apenas 4
anos, foi capaz de perceber que outra pessoa precisava de ajuda. E isso é muito
gratificante!
De fato, falo bastante sobre ajudar as pessoas, e pomos em
prática também!
Sempre separamos roupas e brinquedos para doar,
participamos de atividades que arrecadam fundos para ajudar asilos e também as
obras missionárias (inclusive a programação que eu fui arrumar tinha esse
objetivo), e até dividimos o lanche com um morador de rua uma vez.
É muito lindo ver que nossos filhos aprendem o que nós
ensinamos!
E é desafiador quando percebemos que eles sabem que
poderíamos fazer um pouco mais!
É preciso reconhecer que em algumas situações é realmente
impossível ajudar, em outras podemos até colocar nossos filhos ou nós mesmas em
risco. É preciso ter muita sabedoria nesses dias maus que vivemos!
Mas há muitas oportunidades seguras de ajudar as pessoas, e por vezes deixamos de fazê-lo só por causa da pressa ou para não sair do nosso conforto.
imagem da bolsa: vanessachristenson.com
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Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice
Amei !Amém!
ResponderExcluirAlice é D+ !
ResponderExcluirEspero que possamos sempre lembrar de ensinar coisas boas e valores importantes para os nossos filhos!
Amém! Que o Senhor nos capacite!
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