sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Se nossos filhos se casarem um com o outro – escrito por Em Erickson


Olá mamães,

Uma das minhas irmãs me mandou o texto abaixo por email, e claro que vou compartilhar com vocês! Ela leu no site familia.com.br .

É lindo demais!!!!

Já orei algumas vezes pelos futuros cônjuges dos meus filhos e suas famílias, mas reconheço que preciso orar mais!

Que o Senhor abençoe nossos filhinhos e as futuras famílias que um dia, se Ele quiser, eles formarão!

Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice

  
Se nossos filhos se casarem um com o outro escrito por Em Erickson

Se um dia nossos filhos se casarem um com o outro... 
Eu só quero que você saiba que eu estou orando por você.
Quando estou acordada à noite - alimentando os bebês, fazendo-os arrotar, dando Tylenol a uma criança febril, encobrindo dedos frios, colocando macacos verdes entre bracinhos - Eu penso em você. Porque as chances são, de que você está acordada também, fazendo os mesmos tipos de coisas. Cuidando de crianças pequenas que eu já amo porque um dia vão prender os corações que nessa noite batem contra meu peito.
Estou orando para que você se mantenha firme contra as pressões de estar sobrecarregada e hiperagendada, e que você cale as vozes que lhe dizem que você não está fazendo o suficiente, e que seus filhos não estão fazendo o suficiente.
Estou orando para que você tenha sabedoria para discernir quando escolher tirar o bebê que chora de seu berço e quando apenas sentar-se fora de sua porta, as pontas dos dedos pressionados contra a madeira, desejando que ele sinta seu amor e conforto e apenas finalmente adormeça.
Estou orando para que você leve as crianças para a igreja... Que os pais e mães dos nossos futuros netos cresçam sabendo o que significa adoração, mesmo quando isso significa ficar fora dos torneios de basquete fora da cidade ou deixar de dormir na casa dos amigos.
Estou orando para que seu amor e compromisso para com o seu cônjuge cresça a cada ano que estiverem juntos, que você continue a incrementar e amar o legado que você está criando tanto quanto você adora a pessoa com quem você o cria.
Estou orando para que você tire muitas fotos para que eu possa ver de onde nossos netos puxaram as orelhas de abano e seus sorrisos travessos.
Estou orando para que Jesus lhe dê força suficiente a cada dia para que você não se perca, mas não muita força a ponto de esquecer-se de onde essa força vem.
Estou orando para que nós sejamos amigas.
Você pode orar sobre essas coisas para mim também?
Eu realmente não oro por seu filho. Talvez eu devesse. Meu marido faz isso, e eu acho que é maravilhoso. Mas as chances são de que o seu filho esteja bem.
E as chances são, muitas das vezes, que você não está. As possibilidades são, se você for como eu, é de que esteja muito cansada. E alguns dias, você fica tão desanimada. Às vezes, o seu temperamento estoura, seu egoísmo ganha, e seu sorriso é falso. Às vezes você se esquece de trocar a fralda do bebê, para passar o tempo sendo boba com ele, ou esquece-se de olhar realmente para o seu cônjuge.
Por isso é que estou orando por você agora, na escuridão, ainda assim, com o punho do bebê pressionando meu queixo enquanto ouço uma respiração sonolenta e doce ao meu ouvido. Que você possa sentir essas orações quando você precisar mais delas. Estamos juntas nessa, você e eu.
Estamos construindo algo bonito com cada pijama dobrado, todos os dodóis invisíveis beijados, cada história lida. Você não sabe o quanto isso significa para mim que você dê a seus filhos tudo o que você tem a cada dia... Até mesmo nos dias em que tudo é pouco.
Porque nossos filhos vão dormir um ao lado do outro por cinquenta e poucos anos. Seu filho vai ser o único segurando a mão da minha filha quando o nosso primeiro neto nascer. E quando eles enfrentarem os dias mais sombrios de suas vidas, serão os nossos filhos, voltados para a luta juntos.
Tenho certeza de que os nossos dias mais longos – aqueles cheios de puxões de cabelo, sujeiras impossíveis, crianças em colapso - esses são os dias que criam corações. E um dia, um dos corações que eu estou ajudando a criar irá pousar em um dos seus corações feitos de amor, e o que exalar como resultado desse encontro... É um pouco de nós. 
Prometo cuidar destes corações com o máximo cuidado, para plantar nelas humildade e paz e altruísmo... Especialmente altruísmo. Eu prometo plantar sementes de Jesus nestes corações sempre que puder. E eu prometo continuar orando por você.
Estou orando para que você abrace apertado seu menino quando ele está triste ou solitário ou com medo. Porque um dia, minha menina – toda crescida, bonita e com seus próprios bebês - vai estar triste ou solitária ou com medo. E ele vai precisar saber como abraçá-la. Ensine-o.
E deixe suas filhas ouvirem você falar palavras justas que trazem vida e esperança. Porque um dia, meus filhos estarão cansados e fatigados e as palavras que você está incutindo nas mentes de suas filhas podem tornar-se o bálsamo para as almas dos meus filhos.
Estou me esforçando para fazer o mesmo. E às vezes... A maior parte do tempo... Eu falho. Ore por mim também.
Algum dia vamos sentar em lados opostos de um corredor... Bem arrumadas e com nossos lenços de seda nas mãos. Vamos assistir nossos bobos, pegajosos, doces bebês de alguma forma transformados em noiva e noivo fazerem as mesmas promessas um ao outro que nós mesmas ainda mantemos... Contra todas as probabilidades e apenas por Sua graça. 
E vamos assistir essas crianças criarem suas próprias famílias com os ingredientes que temos dado a eles. Os ingredientes que estamos entranhando em suas almas hoje.
Mas até lá, eu estou sentada aqui no escuro com um bebê em meus braços.
E orando por você.
Este artigo foi originalmente publicado no blog do Em Erickson, Teach me to braid.
Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original If my child marries yours.
Publicado neste blog com pequenas alterações.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O Natal está chegando - lembrancinhas que evangelizam

Olá mamães,

Como falei na postagem anterior, eu amo o Natal!!

E um dos motivos é que essa é uma ótima época para falarmos bastante do Salvador! Bem, é claro que devemos compartilhar a mensagem da salvação durante todo o ano! Mas percebo que no Natal até as pessoas com o coração mais duro estão um pouco mais propensas a ouvir. De alguma forma todos (aqui no ocidente pelo menos) já sabem que o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus. Então creio que ficam mais tolerantes para ouvir um pouco mais sobre nosso Senhor e o porquê da Sua vinda ao mundo. Precisamos aproveitar!!!!

Nos últimos anos tenho usado algumas estratégias na época do Natal e vou compartilhar com vocês.

Presentes: é uma ótima oportunidade para presentear colegas de trabalho, amigos e parentes com a Palavra de Deus ou bons livros cristãos. Gosto de dar livros com devocionais para o ano todo. Muitas editoras oferecem descontos progressivos, quanto mais livrinhos você comprar maior será o seu desconto! Oba!! Por vários anos dei o Boa Semente da editora Depósito de Literatura Cristã. Mas há vários outros muito bons também: Presente Diário, Manancial, Pérola Diária, Começando o dia com Deus (esse é próprio para crianças), etc.

Esse ano vou presentear as mães dos coleguinhas dos meus filhos com o meu favorito: Reflexões de uma mãe, comprei na Erdos e na Z3 Idéias. E os colegas do trabalho vão receber o lançamento da Missão Chamada da Meia Noite, que já li e recomendo muitíssimo: Jesus Salva, Vive e Voltará. Para os amiguinhos da escola, o presentinho comprado foi um dos livros infantis da Stormie Omartian: A oração que faz Deus sorrir.

Cartões de Natal: Já faz um tempinho que o Senhor me deu essa estratégia: colocar em cada caixinha de correio do meu prédio um envelope com um cartãozinho e um folheto. No começo comprava aqueles cartõezinhos pequenininhos. Depois passei a imprimir.



Em 2012 o Gabriel, com apenas três aninhos, participou do projeto. Eu imprimi um desenho com Jesus, José e Maria na estrebaria e ele coloriu bem bonito!! Depois digitalizei e imprimi colorido com vários por página, pra não ficar caro! Recortei e colei em um retangulinho de cartolina. Ficou bem lindinho!



Ano passado resolvemos encenar! Gabriel e Alice se vestiram de José e Maria e uma bonequinha da Alice, toda enroladinha em um tecido, representou Jesus bebezinho. Tiramos várias fotos, escolhemos a mais linda, colocamos uma moldura que encontrei na internet, revelamos e pronto! Gente, olha como ficou fofinho! Lindo demais!!




Calendário do ano seguinte: São aqueles pequenininhos que têm um ímã de geladeira com um texto impresso e um calendário mês a mês colado abaixo. Pensa comigo gente, as famílias terão um versículo num local super visível da casa pelo ano inteiro! Que benção!

Da primeira vez, em 2012, eu contratei no Mercado Livre. Ficou bom, mas achei que poderia ter ficado mais legível. Ano passado resolvi me arriscar e fiz sozinha. Eu não tenho editores de imagens chiquérrimos e então uso o Power point mesmo! Faço dois por arquivo. Quer fazer também? Eu explico: é só clicar em Design, Configurar página, marcar A4, paisagem (nos dois botões), inserir a moldura duas vezes(ela tem que estar no formato PNG), inserir caixa de texto, escrever o versículo e formatar a letra. Está pronto! É só salvar como JPG para poder revelar como foto. Cada uma terá dois versículos, então sai bem baratinho! Depois é só colar um ímã atrás e o calendário embaixo. Esse ano usei uma imagem do Graphic Stocks.

E gostaria de presentear vocês com a imagem do calendário desse ano:
Espero que tenham gostado e se animado! 

Se tiverem dificuldade para encontrar o calendário, a lembrancinha pode ser a imagem acima como ímã de geladeira somente. Podem reaproveitar ímãs de propagandas para colar atrás, ou comprar folha imantada em alguma papelaria. 

Que o Senhor nos dê sabedoria para aproveitarmos todas as oportunidades para espalhar Sua mensagem!

Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice









quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Natal está chegando - Calendário do Advento

Olá mamães,

O Natal está chegando!

Eu gosto muitíssimo do Natal!!!

Como é incrível pensar sobre o grande amor do Pai que enviou seu Filho a esse mundo como um bebezinho para cumprir o propósito de ser o nosso Salvador!

É tão lindo refletir sobre a obediência e humildade de Jesus, que, sendo Deus, tornou-se homem e viveu entre nós, sofrendo a morte e separação de Deus em nosso lugar! E obteve, para nossa justificação, a vitória sobre a morte e o pecado!

Ah! Mas como é triste constatar que o mundo está tão envolto em consumismo e egoísmo que esqueceu completamente a verdadeira história do Natal. Criou outros símbolos e outros personagens e querem que nossos pequeninos acreditem e escolham a mentira no lugar da verdade.

Muitas vezes nos sentimos oprimidas ante a enxurrada de Papais Noéis que nos atacam nessa época do ano... eles parecem estar por toda parte!

Assim, quero incentivar vocês a compartilharem com suas criancinhas a história do Natal de Jesus, o Salvador. Muitas e muitas vezes, começando hoje se possível!!

Aproveitem todas as oportunidades para mostrar que Ele é incomparavelmente o maior e melhor presente. Ele sim é real! Ele sim é nosso amigo verdadeiro! Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas!! (Romanos 11:36)

Quero compartilhar uma ideia que fiz no ano passado e que as crianças gostaram muito: Calendário do Advento!


 É um calendário do dia 01 de dezembro até o Natal. Fiz o meu com tecido e bolsos para cada dia, mas existem outras opções na internet que utilizam papéis ou caixinhas.

Para fazer um parecido com o que eu fiz você vai precisar de:

- um grande tecido liso, de aproximadamente 1 por 1,20 metro
- tecidos de várias estampas diferentes (podem ser natalinas ou não) no tamanho 15x20 cm mais ou menos,
- cola de tecido (uns 4 ou 5 tubinhos) ou máquina de costura
- feltro ou outro tecido branco
- cola de gliter prata ou dourado
- tesoura de tecido (se não tiver as outras dão conta do recado, só demora mais um pouco)
- molde de números (eu imprimi os números  em um tamanho grande, com o efeito de contorno, em negrito )
- fita bonita para fazer um arremate(opcional)

Comece riscando e recortando os números no tecido branco. Depois peça a ajuda dos pequenos para passar a cola com gliter em todos eles e deixe secar.

Recorte os bolsos. Cole os números dos dias nos bolsos e depois cole ou costure as três partes fechadas dos bolsos. Deixe um espacinho entre um bolso e outro. Depois, se quiser enfeite com flores ou sinos ou com uma estrebaria de tecido como eu fiz.

Dentro de cada bolso eu colocava uma surpresa e um versículo sobre o nascimento de Jesus. Todo dia de manhã eles pegavam o que estava no bolsinho, nós líamos o versículo e depois eles se divertiam com a surpresinha.

Algumas ideias de surpresinha: bombom, pirulito, massinha, caixa de estalinho, desenhos para colorir, bolha de sabão, vale-passeio, pista para caça ao tesouro(eles amam!). 

Como eu estava muito empolgada e tinha vários retalhos de feltro, fiz  dedoches de Jesus, Maria, José, anjo Gabriel e dos pastores, e coloquei no bolso do dia 01. Depois eles ficaram na estrebaria!

Como eu falei existem outras opções na internet e tem até como comprar já prontinho em sites como Elo 7 por exemplo. Vários são enfeitados com figuras do "velhinho", mas há muitos bem bonitos e alegres, sem precisar falar de mentiras para as crianças.

Espero que tenham gostado e se animado!

Na próxima postagem vêm mais ideias natalinas!

um beijo,

da mamãe
do Gabriel e da Alice

 
 “O Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo.”
I João 4:14

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quintas em família - por Gisele Manhães


Olá mamães,

Hoje temos uma postagem pra lá de especial! Foi escrita por uma querida amiga e irmã em Cristo! Uma mulher segundo o coração de Deus, que eu admiro muitíssimo!!!

Pois bem, a Gisele faz uma espécie de diário onde ela registra situações especiais que acontecem com sua família. Gente, que ótima ideia não é mesmo!! A gente sempre acha que vai se lembrar de tudo depois... mas acabamos esquecendo. Eu escrevo algumas coisas num caderninho também, desde que estava grávida do Gabriel. Nem Gisele, nem eu conseguimos anotar tudinho, todos os dias. Claro, né! Mas as coisas mais importantes estão ali guardadinhas pra sempre.

Conversando com ela sobre o blog pedi que compartilhasse conosco alguma experiência ou reflexão. Ela então se lembrou do diário e mandou uma de suas anotações especiais.

E agora com vocês: Gisele, a mamãe do Ricardo e da Aninha!

Quintas em família

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2013

Meus filhos estão em uma fase, digamos, desprendida de “papai” e “mamãe”. O menino com 11 e a menina com 9 preferem brincar com os amiguinhos a ficarem com a gente.

As tarefas de casa são feitas ligeiramente com o intuito de descer para brincar no play. Isso é bom e faz parte do desenvolvimento.  Eles estão em busca de uma certa independência. E, como são muito estudiosos e responsáveis, merecem um momento de lazer saudável.

O condomínio tem muito espaço e muita criança. É tudo muito convidativo...   Mas, às vezes, a secura é tão grande que mal eu chego em casa, com muitas saudades deles, eles se aproximam e dizem a frase: “Podemos descer?” Eu chego e eles saem...É mole???

Por isso, institui as “Quintas em Família”. Nesses dias, eles já sabem que não poderão descer, pois nós vamos passar tempo juntos. Pode ser vendo um filme com pipoca, brincando com jogos de tabuleiro, desenhando ou fazendo, sei lá, uma receita de bolo ou pizza, ou até uma sessão de fotos...

Numa dessas quintas, nosso jogo de tabuleiro estava tão divertido (jogamos Pizza Maluca), que, num determinado momento, minha filha atendeu o interfone - que não parava de tocar com convites tentadores – e declarou entre gargalhadas: “Não posso descer hoje!” Ao que o amiguinho deve ter perguntado: “Por que não?”. Aí, então, ela respondeu: “Estamos nos divertindo em família!!”

Família é tão bom!! Como é bom nos divertirmos em família!!!

Que lindo texto e que ótima solução para quem já está com os filhos maiorzinhos, cheios de atividades e ocupações: instituir um dia da família!

Muito obrigada Gisele! Você é sempre bem-vinda com seus textos e sugestões tão preciosos!

Um beijinho,

Da mamãe
do Gabriel e da Alice 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Simão e sua família


Olá mamães,

Escrevi a história abaixo baseada nos relatos dos evangelhos, mas também usei um pouquinho da minha imaginação para descrever a forma como acredito que os fatos tenham acontecido.

Espero que abençoe a vida de vocês.

Simão voltava de seu trabalho no campo. Sua esposa e seus filhos, ainda bem jovens, dependiam do seu esforço para prover o sustento de seu lar. Ao se aproximar da cidade viu que tudo estava caótico: pessoas enfurecidas gritavam palavras ofensivas, guardas riam alto contando piadas grosseiras, um grupo mais afastado de homens pareciam muito assustados, algumas mulheres choravam inconsoláveis.

De repente ele percebeu do que se tratava: o cortejo dos condenados à morte na cruz. Três homens seguiam curvados, levando às costas seu instrumento de tortura.

Entre eles estava alguém que Simão já vira antes. “Não é este Jesus de Nazaré?”, pensou.  Sim, era ele mesmo. O homem que curara tantas pessoas, ressuscitara outras, multiplicara os pães e peixes. Muitos desses milagres Simão presenciara, outros tinha ouvido de quem esteve perto. Aliás, nos últimos três anos só se falava sobre o novo profeta que dizia ser o Filho de Deus. “Seria verdade? Seria Ele o Redentor que tanto aguardamos?” era o que todos se perguntavam.

Mas agora Simão contemplava atônito o mesmo Jesus que ajudara, curara e ensinara a tantas pessoas, sendo levado como criminoso para o monte do Calvário, o lugar da execução.

Resolveu acompanhar mais de perto. Viu a hora em que Jesus caiu sob o peso da cruz. Os guardas o levantaram de forma rude. Retiraram de suas costas a cruz e olharam diretamente para Simão. “Você, venha aqui imediatamente! Carregue isso!”

Simão não teve escolha. Se tivesse, jamais teria participado da tortura e morte de outro ser humano, especialmente de alguém como Jesus, um homem tão bom, um mestre tão sábio.

Andando bem próximo dos condenados, Simão pôde ver as feridas nas costas, na cabeça, no rosto de Jesus. Percebeu que ele estava muito enfraquecido. Em dado momento seus olhos se encontraram com os de Jesus. Então, ele viu no olhar do mestre algo mais que dor e sofrimento, viu amor. Amor pela multidão que gritava, pelos guardas debochados e cruéis, amor pelas mulheres que choravam, pelos homens assustados, amor por Simão, que levava a cruz onde ele seria pregado.



Ao chegar ao Calvário os guardas retiraram das costas de Simão a cruz pesada. Seguiram com os procedimentos para a crucificação. Simão ficou ali, assistindo a tudo com uma tristeza profunda, que doía muito mais que seus ombros machucados pelo peso que carregara.



Ao chegar em casa seu semblante mostrava que aquele não tinha sido um dia como outro. Sua esposa e seus filhos quiseram saber o que aconteceu e Simão lhes contou. Contou que vira um cortejo de crucificação. Contou da multidão, dos guardas, das mulheres que choravam, dos homens assustados. Contou que um dos condenados era Jesus de Nazaré. Contou sobre o peso da cruz que fora obrigado a carregar. Contou das feridas de Jesus, do cansaço que ele demonstrava, da fraqueza ante a tortura, do seu olhar... do amor no seu olhar.



Alguns dias depois, uma notícia começa a correr a cidade. O corpo de Jesus não estava mais no túmulo. Várias pessoas testemunham tê-lo visto vivo. Os discípulos afirmam que falaram e até comeram com Ele! Simão e sua família, assim como centenas de pessoas tiveram o grande privilégio de também ver Jesus ressuscitado!

A família de Simão nunca mais foi a mesma. Aquele que eles imaginavam ser um profeta, um grande mestre, um homem tão bondoso, tornou-se muito mais. Tornou-se o Senhor e Salvador de cada um deles.  O relato vívido de Simão sobre o que presenciou no cortejo até a cruz ficou gravado profundamente nos corações de seus filhos e sua esposa. A ressurreição de Jesus trouxe para essa família uma esperança e alegria indescritíveis.

Muito tempo se passou, Simão envelheceu e foi encontrar com o Senhor na Glória. Sua esposa e filhos continuaram firmes na caminhada com o Salvador. Muitas vezes quando estavam juntos relembravam aquele dia em que seu pai chegara tão abatido e lhes contara sobre a crucificação de Jesus.

Continuaram perseverando na fé e servindo à igreja do Senhor. Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade em que moravam, cuidaram dele como se fosse parte da família. O próprio Paulo sentia-se assim, como irmão de Rufo e Alexandre e filho desta amável senhora chamando-a de mãe.

Comecei a imaginar essa história ao me atentar que em Romanos 16:13 Paulo estava se referindo à esposa e a um dos filhos de Simão, o cireneu.  Acredito mesmo que essa família foi tremendamente impactada pela experiência vivida tão de perto pelo pai.

Vale a pena refletir o quanto as nossas experiências com Jesus impactam nossos filhos. Vamos lembrar de conversar com eles sobre o que aprendemos com nossa leitura da Bíblia, sobre as respostas das nossas orações, sobre nossa conversão. Só o tempo nos mostrará o impacto que essas conversas farão na vida de nossos pequeninos, mas creio que serão enormes!

Um beijinho,

Da mamãe
do Gabriel e da Alice

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Avivamento no lar


Olá mamães,

Ultimamente, tenho pedido sabedoria ao Senhor para administrar melhor meu tempo a fim de orar mais todos os dias. Tenho testado horários diferentes para avaliar em qual deles consigo me concentrar melhor e conversar com nosso Pai querido.

Para isso acho importante também pedir a direção do Espírito Santo sobre os motivos sobre os quais clamar (Romanos 8:26). Já perceberam que temos a tendência de sermos egoístas até em nossas orações!! Se não tomarmos cuidado passamos todo o tempo de oração falando de nós mesmas, nossos filhos, marido, problemas financeiros... e esquecemos do restante do mundo inteiro!

E um dos motivos pelo qual tenho orado é por um avivamento na Igreja do Senhor, especialmente no Brasil, onde os evangélicos tanto crescem numericamente, mas não fazemos diferença nenhuma e a sociedade como um todo só vai de mal a pior. Aliás, essa é a realidade em todo o Ocidente. Cristãos nominais que não leem a Bíblia, não oram e participam cada vez menos dos cultos em suas igrejas.


Aí, orando e refletindo sobre a necessidade de um avivamento, me deparei com uma história linda, mas linda demais, e que tem tudo a ver com o tema desse blog:


“...conta a história do pregador inglês Richard Baxter. Durante três anos este homem altamente capacitado por Deus pregou de todo o seu coração, mas sem resultados visíveis. Finalmente, Baxter clamou a Deus: "Senhor, faz algo por este povo ou então eu morro." Conforme relato do próprio pregador, foi como se Deus tivesse respondido em voz bem alta e recomendado a ele: "Baxter, você está trabalhando no lugar errado. Está esperando que o avivamento venha através da igreja. Tente pelo lar." Baxter começou a visitar os lares, (...), até que o Espírito Santo ateou fogo naquela congregação e fez dela uma igreja forte.”


Em outros lugares encontrei mais referências sobre o ministério de Richard Baxter na cidade de Kidderminster,  na Inglaterra, onde foi pastor de 1647 a 1661. Creio ser essa a mesma cidade que a passagem acima menciona.


Alguns fatos:


- Havia aproximadamente dois mil habitantes adultos, e, ao que parece, quase todos se converteram sob o ministério de Richard Baxter.


- Ele os encontrara como “um povo ignorante, rude e libertino, em sua maior parte... e praticamente nunca tinham ouvido uma pregação séria entre eles”.


- Ele relatou “quando ali cheguei pela primeira vez, havia cerca de uma família em cada rua que adorava a Deus e invocava o seu nome;”


- “Quando saí dali, em algumas ruas, em quaisquer de seus lados, não havia uma única família que não O louvasse, ou que, por meio de sua piedade professa e séria, não nos desse esperança de sua sinceridade.”


- “No dia do Senhor não se via qualquer desordem nas ruas, mas podia-se ouvir uma centena de famílias entoando salmos e repetindo sermões, quando passava pelas ruas.”

- “Baxter instituiu o culto doméstico diário, e o lar se tornou o lugar onde Deus era adorado, onde os membros da família eram respeitados como santos e onde a Palavra de Deus era continuamente ouvida e difundida. O que aconteceu neste período foi uma obra da graça tão profunda e potente como o “grande despertamento” ocorrido na Inglaterra e nos Estados Unidos, um século depois!”


Que coisa maravilhosa não é mesmo!!!


Sabe, às vezes parece algo distante pedir por um avivamento em nosso país e até em nossa igreja. Mas quando começamos a orar por um avivamento em nossos lares, em nossas vidas, de nossos maridos e filhos, isso se torna mais real, mais concreto.


Se cada lar cristão - começando pelo meu e pelo de vocês que estão aí lendo nesse minuto – estiver realmente comprometido com o Senhor e com Sua Palavra, com certeza haverá um avivamento poderoso em nossas igrejas. Afinal, as igrejas são as famílias reunidas!


Vamos começar hoje mesmo a orar: “Senhor, aviva o meu lar!”


Vocês estão sentindo a importância dessa oração? A responsabilidade que temos como mães e esposas? Conseguem também sonhar com os resultados?


- Nossos vizinhos percebendo a influência do Senhor Jesus nas nossas vidas, na forma como nos tratamos,


- nossos parentes e amigos mais chegados percebendo o perfume de Cristo em nossas casas (II Coríntios 2:14),


- os colegas de escola de nossos filhos e seus pais notando a diferença da nossa família, não porque sejamos melhores ou por não termos problemas, mas porque verdadeiramente buscamos e servimos ao Senhor (Josué24:15)!!


É muito sonhar com a cena descrita sobre aquela pequena cidade da Inglaterra?


Bem, se cremos que para o Senhor nada é impossível, então sonhemos que, em algum domingo próximo, os moradores de nossos prédios lotarão os elevadores bem cedo, todos com suas Bíblias nas mãos, nas ruas de nossas cidades louvores ao invés de palavrões, gentileza ao invés de discussão, bares vazios e igrejas cheias!!!!

Ah! Senhor, aviva o meu lar, precisamos de Ti.
Perdoa nossos pecados, transforma as nossas vidas!
Que sejamos bondosos e atenciosos uns com os outros e que nos perdoemos como o Senhor, através de Jesus, nos perdoou. (Efésios 4:32).
Que em nossa casa façamos tudo sem queixas ou reclamações para que sejamos irrepreensíveis e sinceros e brilhemos no meio da nossa geração tão corrompida e que carece tanto de Ti. (Filipenses 2:14,15)
Em nome de Jesus, Amém.


Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Irmãos



Olá mamães,

Li há alguns dias que hoje é comemorado o dia do irmão. Não consegui confirmar, mas de qualquer forma já tem um tempinho que queria falar sobre isso por aqui.

Muitas mães e pais se preocupam em dar o melhor para seus filhos, o que é ótimo e muito natural. Mas preciso discordar dos que entendem que, para dar o melhor para seu filho, precisam evitar ter outros filhos.

Sei que existem casos de extrema falta de recursos financeiros, ou de problemas de saúde grave na família, ou outras situações realmente sérias, e quero esclarecer que não é sobre isso que estou falando, OK?!

Falo daqueles casais que poderiam ter mais filhos, mas optam por não ter, e a explicação é que assim podem se dedicar mais e investir mais no filho que já tiveram.

Penso que não há nada de mais precioso que você possa dar ao seu filho quanto um irmão. Eu já pensava isso quando estava esperando a Alice. Na época, lembro que ouvi de outras grávidas de segundo filho que estavam com peninha do mais velho, porque ele perderia seu “posto”. Não posso negar que isso me passava às vezes pela cabeça, mas nunca chegou a ser tristeza ou preocupação.

Se olharmos por outro ponto de vista veremos que o mais velho não está perdendo o pai ou a mãe, ele está ganhando! Está ganhando mais uma pessoa para amar e para ser amado por ela. Está ganhando a oportunidade de aprender a dividir desde cedo, e não só quando chegar na escola. Dividir não é - ou pelo menos não deveria ser - um peso, e sim uma bênção! E quanto mais cedo na vida aprendermos isso, melhor.

Pode parecer ruim pensar que quando temos irmãos precisamos lidar com disputas e conflitos desde cedo. Mas perceba que aí está uma oportunidade de ouro para as mães ensinarem várias coisas importantes desde o berço, por exemplo: a compartilhar, a ser bondoso, a esperar a vez, etc. Se a criança aprende isso desde bem cedo a relação dela com outras crianças será mais fácil, e esse aprendizado vale pra vida toda. Imagine um adolescente, um adulto menos individualista e egoísta como tantos que vemos por aí. Que, desde que pode se lembrar, sempre ouviu de sua mãe que as outras pessoas foram criadas por Deus, têm dignidade e devem ser respeitadas! Tendo sempre outro(s) pequenininho(s) por perto esse conceito vai precisar ser repassado várias vezes por dia. Concordam que assim tem mais chances de ser assimilado?

Algumas mães de mais de um filho chegam a conclusão que com dois filhos o trabalho não é dobrado. Concordo totalmente, não é mesmo dobrado. Você está mais tranquila, consegue avaliar melhor o que realmente é importante e o que era excesso de zelo (ou pura frescura mesmo, rsrs).

E quero acrescentar uma coisa que descobri: a alegria também não é dobrada! É triplicada!! Você tem a alegria de ver um filho, de ver o outro filho e a alegria de vê-los juntos: brincando juntos, se ajudando, se ensinando! Gente, é lindo demais! É até difícil de explicar de tão lindo que é! Ver duas pessoinhas tão pequeninas caminhando juntas, inventando histórias juntas, aprontando juntas!!!! E sentindo falta uma da outra! Lembro de uma vez que fui passear só com a Alice no parque (O Gabriel quis ficar com o papai em casa). Ela tinha pouco mais de um ano. Toda hora ela parava de brincar e ficava olhando em volta, aí voltava pra brincadeira depois parava de novo e olhava... Fiquei impressionada. E quando um dorme antes do outro à noite?! Toda hora o acordadinho vai lá cutucar o dorminhoco, ou então (gente eu amo isso) colocar um brinquedinho na mão do que está dormindo!!!

Não sei se convenci vocês, bem, quem sou eu pra convencer alguém! Mas não se precipitem ao tomar decisões tão sérias. Pensem bem a respeito e orem muito, muito, muito. O Senhor vai dar direção e sabedoria! Bom, e também mais paciência, mais amor, mais ânimo, mais criatividade...rsrsrs

Bem, não posso terminar por aqui. Preciso dizer que tenho duas pessoas maravilhosas na minha vida, e quero dedicar essa postagem a elas também. Agora não estou falando dos meus pequerruchos!

Zana, Pri, amo muito vocês!
Engraçado pensar que agora, nesse exato momento em que escrevo (e choro né!), vocês estão tãããooo longe de mim! Mas estão sempre nos meus pensamentos, em minhas lembranças, no meu coração! Muito obrigada por tudo que vocês já me ensinaram, por todo apoio, todos os conselhos, todo o carinho, por me amar, por tentar me entender ( e olha que isso é bem difícil, hein!). Muito obrigada por fazerem parte da minha vida desde que eu me entendo por gente!
Amo muito mesmo vocês! Saudades!

Muito obrigada Senhor, muito obrigada mãe, muito obrigada pai, por terem me dado irmãs tão lindas e especiais!!


Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

Salmos 133

Priscila, Suzana e eu

Alice e Gabriel
Lindos!
Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice