Olá mamães queridas,
Pois então, na última postagem (essa aqui) falei de um grupo
cristão chamado Maria Farinha. Descobri essas meninas super-talentosas
enquanto pesquisava sobre outra Maria Farinha: A Maria Farinha Filmes.
Esta eu conheci quando ganhei os
DVDs de dois documentários excelentes, produzidos com o apoio do Instituto Alana. Uma das diretoras desse instituto foi palestrante em um evento no meu
trabalho e conversamos um pouco ao final. Umas semanas depois recebi esses
filmes em minha casa. Que surpresa boa!
Os filmes são fantásticos e sobre temas super-importantes:
publicidade infantil e obesidade na infância.
Em "Criança, A alma do
negócio" percebemos o quanto a publicidade dirigida diretamente às
crianças é nociva para elas, para suas famílias e para toda a sociedade.
Esse tema é muito sério mesmo. Já
conversei com várias mães que ficam chateadas (assim como eu) quando algum
vendedor de picolé ou outra coisa dirige-se diretamente às crianças oferecendo
seus produtos. Cria uma expectativa na criança de uma coisa que muitas vezes
não julgamos boa ou que naquele momento não queremos ou não podemos
comprar.
A publicidade infantil é isso vezes
mil! As propagandas são feitas para atrair a atenção deles e convencê-los de
que serão mais felizes com aquele brinquedo ou lanche.
Sabemos que, para as
mentes infantis, bastam poucas visualizações para gravar um conteúdo, e, segundo dados
do IBOPE, as crianças brasileiras ficam em média 5 horas diárias em frente à
TV. Assim, assistem cerca de 40.000 propagandas em um ano!!! 1
Em determinada parte do
documentário é afirmado algo muito sério: "o principal produto da
indústria hoje é: consumidor".
E, veja como faz sentido: a
propaganda de um brinquedo é feita de tal forma que a criança é convencida que
ele é ótimo, ela pede aos seus pais e eles o compram, poucos dias depois a
criança não brinca mais com ele e surge o desejo (motivado por mais e mais
propaganda) de ganhar outro brinquedo... o ciclo se repete. A publicidade foi
bem sucedida porque seu objetivo, de fato, não é mostrar brinquedos
sensacionais com os quais nossos filhos brincarão muito e sim vender mais e
mais. Não precisam ser bons. Precisam ser vendidos!
Sou o tipo de mãe que limita
bastante o tempo que os filhos assistem TV. Simplesmente porque não acho um bom
hábito e não quero que eles o cultivem. Quero que desenhem, brinquem, inventem
histórias, leiam livrinhos!
Prefiro uma casa bagunçada a crianças hipnotizadas! (ótimo
tema para outra postagem hein!)
Mas preciso reconhecer que não é
nada fácil! E por menos que eles vejam, ainda assim, é muita propaganda... Quando
estou assistindo com eles sempre comento que aquele brinquedo não faz tudo
aquilo... Que aquelas frases de impacto são mentirosas! E são mesmo! Ou vão
querer me convencer que “tudo é possível” com uma boneca de plástico?!
Não acredito que seja o caso de proibir totalmente a publicidade
infantil, mas que precisa de uma regulamentação mais rigorosa, isso sim, com
certeza!
Já em "Muito além do
peso" o tema é obesidade infantil.
É interessantíssimo! Vocês sabiam que, a cada 3 crianças
brasileiras, 1 está acima do peso?
Neste documentário, são apresentadas muitas entrevistas com
especialistas e com famílias também, de todas as classes sociais e de vários
cantinhos diferentes do Brasil.
Percebemos o quanto nos alimentamos mal e o quanto estamos mal
informados a respeito dos produtos que consumimos. Grande parte dessa falta de
informação vem da publicidade tendenciosa dos produtos alimentícios, o que
remete ao documentário anterior.
Especialmente chocante a parte em que a entrevistadora pergunta o
nome de vários vegetais para um grupo de crianças. E elas não acertam o nome de
nenhum deles!
Em outra cena é mostrado para uma
menina, de uns 8 ou 9 anos, um pacote de uma famosa batatinha frita industrializada, na mesma
hora ela identifica: "Isso é batatinha! Eu gosto muito!" Logo em
seguida, lhe apresentam uma batata, de verdade, e, perguntada sobre o que era
aquilo, ela diz com vozinha de quem está na dúvida: "cebola?"
Muito triste essa realidade que vivemos: crianças hipnotizadas
pela TV e outras telas, sendo convencidas de que precisam de um mundo de
brinquedos, com os quais não brincarão porque estarão, adivinhem? Sentadinhas
assistindo a mais e mais propaganda enquanto comem produtos cheios de sal,
açúcar e gordura, que vêm em embalagens lindas e decoradas com os personagens
da moda!
Quando puderem separem um tempinho
para assistir a esses documentários! Vocês não vão se arrepender!
Os produtores disponibilizaram os dois na íntegra na internet. Para
assistir basta clicar em cima.
Que o Senhor nos dê sabedoria e
coragem para andarmos na contramão da nossa sociedade, criando filhos que não
sejam consumistas eternamente insatisfeitos!
Que eles vejam em nós exemplos de
pessoas que verdadeiramente se alegram no Senhor, independente de que bens ou
produtos materiais têm ou não!
“Todavia, eu me alegrarei no Senhor; exultarei
no Deus da minha salvação.”
Habacuque
3:18
Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice
1 - Informação daqui: http://educarparacrescer.abril.com.br/zigzigzaa/materias/crianca-e-televisao.shtml