Há duas semanas, minha família gravou uma participação para compor um dos
cultos infantis on-line de nossa igreja (assista aqui). Naquele domingo contamos
a história do cego Bartimeu, você a conhece?
A Bíblia ensina, em Marcos 10:46-52, que a estrada de Jericó, certo dia, foi o caminho escolhido por Jesus para passar com uma grande multidão de seguidores. Ali,à beira do caminho, estava um homem que pedia esmolas pois era cego e não tinha como sustentar-se. Quando ele ouviu que Jesus estava junto daquele grupo barulhento que passava, teve uma certeza: precisava falar com Ele!
Bartimeu então começou a chamar: “Jesus, filho de Davi, tenha compaixão de mim!” Ele insistia e não desistiu, nem mesmo quando as pessoas o repreenderam e mandaram que ele se calasse. Na verdade, começou a gritar ainda mais alto: “JESUS, FILHO DE DAVI, TENHA COMPAIXÃO DE MIM!”
Ah! Quantas vezes nos sentimos como Bartimeu! Ainda que
nossas limitações não sejam físicas, são tantas as responsabilidades que recaem
sobre nós: cuidar da alimentação, das roupas, da casa, do ensino, ter tempo de
qualidade com as crianças e com o marido, dar atenção aos outros familiares e
amigos. Algumas tarefas podem ser distribuídas entre a família, mas, de certa
forma, ainda nos sentimos com a responsabilidade de orquestrar tudo. E podemos
acrescentar a dúvida sobre estarmos ou não fazendo tudo certo, a preocupação
com a segurança e a saúde de todos, o medo do que o futuro nos reserva. Nosso
coração vai ficando apertado, apertado, apertado...
Quantas vezes a angústia e a aflição tomam conta de nossas almas
e percebemos, como Bartimeu, que precisamos desesperadamente que o Senhor Jesus
venha em nosso auxílio.
Como é maravilhoso saber que podemos seguir o exemplo desse
homem de fé e clamar, e insistir e até gritar: “Jesus, filho de Davi, tenha compaixão de mim!”
Por outro lado, o comportamento da multidão nos salta aos
olhos: diante do clamor de um homem necessitado, seus corações e mentes se
fecharam e ordenaram que se calasse. Aquela gritaria os estava incomodando!
Afinal de contas, caminhavam com Jesus e queriam ouvir a voz do Mestre
apenas...
Que curioso, não é?! Andavam perto de Jesus e, ao mesmo
tempo, não poderiam estar mais distantes! Seguiam Jesus, mas não sentiam como
Jesus! Com dois mil anos de distância, podemos olhar para estas pessoas através
do registro das Escrituras e condená-las: frias, insensíveis, egoístas, e
outros adjetivos semelhantes vêm à nossa mente.
Mas o Senhor me incomodou enquanto eu preparava a lição, com
aquele incômodo que dói no fundo da alma: quantas vezes eu, Raquel, me comporto
como aquelas pessoas! Que vergonha admitir que o Senhor tem razão, como sempre
aliás!
Especialmente em relação às crianças que, nesses últimos
meses, têm estado em casa o tempo todo e nos fazem tantos e tantos pedidos e
chamados o dia inteiro... Às vezes parece que vamos enlouquecer! Então mandamos
que se calem, que parem de chamar, que fiquem quietos!
Nosso querido Senhor Jesus ouviu os mesmos gritos que
a multidão ouvia, mas agiu totalmente diferente! Glórias a Deus por isso!
A Palavra ensina que ele parou, pois a caminhada podia
esperar, chamou Bartimeu e perguntou o que ele queria e, ao ouvir
o pedido, o abençoou com a cura e a salvação. Aquele homem passou a
enxergar no mesmo instante! Imagine a sua alegria! Ele louvou e engrandeceu a
Deus e, imediatamente, passou a seguir Jesus!
Ah! Como é bom saber que o Senhor nos atende quando
precisamos dEle! E que desafiador seguir o exemplo do Mestre e atender com
carinho e amor aos chamados das pessoinhas que tanto amamos!
Creio de todo o coração que Nosso Pai Eterno pode nos conduzir
- especialmente através da leitura da Sua Palavra e da comunhão em oração - para
que não apenas sigamos a Jesus, mas também amemos como Ele amou: em palavras,
ações e atitudes!
Essa é a minha oração por vocês e por mim também!
Um beijinho,
Da mamãe do Gabriel, da Alice e da Isabela
Amém!!!
ResponderExcluirQue Deus nos abençoe!